O que é a Doença de Parkinson?

O que é a Doença de Parkinson?

A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa que afeta pouco a pouco os neurônios dopaminérgicos. É caracterizada pelos famosos tremores e outras características como rigidez, lentificação dos movimentos e  dificuldade para iniciar os movimentos (bradicinesia). 

A Doença de Parkinson geralmente se inicia entre 50 e 65 anos de idade. É uma doença comum, acometendo 2 em cada 100 pessoas acima dos 65 anos. Sua incidência é maior em homens do que em mulheres numa proporção de aproximadamente 2 homens para cada mulher.

 

A principal hipótese para a causa da Doença de Parkinson é a de que indivíduos com predisposição genética, ao serem expostos a multiplos fatores do meio ambiente, teriam as condições necessárias para desenvolverem a doença.

Sabe-se que a maioria dos casos de Doença de Parkinson não tem causa definida, sendo diagnosticados como DP idiopática. No entanto, existem pacientes com componente genético. 

 

O diagnóstico da DP é baseado em critérios clínicos, numa história cuidadosa e exame físico minucioso. Não há testes laboratoriais, marcadores biológicos ou estudos de imagem que inequivocamente confirmem o diagnóstico.

O parkinsonismo ou síndrome parkinsoniana é um dos mais frequentes tipos de distúrbio do movimento e apresenta-se com 4 componentes básicos: bradcinesia, rigidez, tremor e instabilidade postural.

Bradicinesia

A bradicinesia é caracterizada pela pobreza de movimentos e lentidão ao iniciar e executar atos motores voluntários e automáticos. Pode incluir incapacidade de sustentar movimentos repetitivos, exaustão anormal e dificuldade em realizar atos motores simultâneos.

Rigidez

A rigidez é outra característica motora quase sempre presente na síndrome parkinsoniana. Trata-se de uma certa resistência ao executar movimentos.

Tremor

O tremor parkinsoniano acontece em repouso e em situações de tensão emocional. Costuma atingir principalmente as mãos.

Instabilidade postural

Não é comum nas fases iniciais da doença, mas evidencia-se com o tempo. Caracteriza-se principalmente pela perda de reflexos posturais para manutenção do equilibrio. 

Pacientes com DP podem apresentar, além das manifestações motoras, alterações cognitivas, psiquiátricas e autonômicas.

 

Atualmente, o tratamento visa o controle dos sintomas, já que nenhuma droga ou abordagem cirúrgica impede a progressão inexorável da doença.

Os tratamentos incluem:

Terapia protetora

Apesar de nenhum tratamento ter conseguido retardar a progressão da doença, a terapia protetora visa retardar a entrada de medicamentos sintomáticos, como exemplo podemos citar a atividade física regular e boa qualidade de sono. 

Terapia sintomática

A terapia sintomática visa diminuir os sintomas progressivos da Doença de Parkinson por meio de medicamentos próprios para isso.

Tratamento cirúrgico

Alguns métodos cirúrgicos são utilizados também com o objetivo de atenuar os sintomas e dar melhor qualidade de vida para o paciente.

Não é fácil conviver com a Doença de Parkinson, mas é possível. A medicina avança cada dia mais para trazer novas pesquisas e tratamentos mais eficazes.

 

http://www.fmc.br/ojs/index.php/RCFMC/article/view/153/121

https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/8827/6360

https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/view/9026/6922

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Dr. Pedro Leite

Neurologista com especialização em transtornos do movimento pelo IAMSPE.