Sintomas não motores da doença de parkinson

Sintomas Não Motores da Doença de Parkinson

A Doença de Parkinson apesar de ser caracterizada por distúrbios motores (do movimento) e sintomas não motores que podem anteceder o diagnóstico, ou surgir junto ou após os sintomas motores. Nesse artigo o objetivo é ajudar a identificar esses sintomas precoces.

Déficit Olfativo

Quando o paciente apresenta uma diminuição ou perda em sua capacidade olfativa, essa perda ocorre em 70% a 90% dos pacientes com DP. 

Atualmente, existem várias evidências sugerindo que a hiposmia (diminuição do olfato) seja um sinal pré-motor precoce da DP. 

Distúrbio comportamental do sono REM

Durante o sono normal temos o que é chamado de atonia muscular que é uma perda temporária do tônus muscular, como uma paralisia temporária dos músculos do corpo. A DCSR é caracterizada pela perda da atonia muscular durante o período de sono REM. 

O quadro típico inclui a descrição de movimentos associados a conteúdo de sonhos e comportamento agressivo, com “interpretação” destes. Geralmente há a interrupção do sono do paciente ou de seu parceiro de cama. 

O DCSR ocorre em até metade dos pacientes com DP e é, assim como a hiposmia, um sintoma pré-motor bem estabelecido.

Alterações comportamentais

Quadro depressivo também é comum na DP, afetando mais de um quarto dos casos recém-diagnosticados. 

Vários estudos também demonstraram que indivíduos com depressão têm de 2,2 a 3,2 vezes mais chances de desenvolver DP em comparação com controles saudáveis.

Constipação

Constipação e disfunção erétil também são frequentes no momento do diagnóstico de DP e são descritas antes do aparecimento de sinais motores. 

Em um estudo com indivíduos do sexo masculino mostrou que aqueles com constipação tinham uma chance 2,7 vezes maior de desenvolver DP.

Perda de peso

Diversos estudos demonstraram que pacientes com DP apresentam menor índice de massa corporal (IMC) em comparação com pessoas sadias de mesmo sexo e idade.

Conclusão

Esses sintomas pré-motores são comuns em grande parte da população, por isso não são utilizados para diagnosticar a Doença de Parkinson, mas podem ser um sinal de alerta para procurar um especialista. O tratamento, porém, não é iniciado antes do diagnóstico concreto, entretanto algumas mudanças nos hábitos de vida podem ajudar a retardar a doença.

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Foto de Dr. Pedro Leite

Dr. Pedro Leite

Neurologista com especialização em transtornos do movimento pelo IAMSPE.